A maioria dos nomes dados aos meses tem origem no primeiro calendário romano, criado por Rômulo em 753 a.C. Esse calendário possuía dez meses e começava no mês de março. Foi Numa Pumpílio (700 a.C.? – 673 a.C.), segundo rei de Roma, quem introduziu mais dois meses ao início do ano e os batizou. Os meses mais antigos continuaram com seus nomes originais até que, mais tarde, alguns foram trocados para homenagear o imperador César Augusto.
Janeiro
Januarius era homenagem ao deus romano Jano, o guardião do Universo e o deus dos inícios, da primeira hora do dia e do primeiro mês do ano. Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão. Seu nome vem daí: ianitor quer dizer porteiro, aquele que comanda as portas dos ciclos de tempo.
Busto de Jano, no Vaticano
Fevereiro
Referência ao festival romano Februália, ou purificação, durante o qual se ofereciam sacrifícios aos mortos para apaziguá-los.
Por que 28 dias?
Até 27 a.C., fevereiro tinha 29 dias. Quando o Senado criou o mês de agosto para homenagear Augusto, surgiu um problema: julho, o mês de Júlio César, tinha 31 dias, e o do imperador, só 30. Então o Senado tirou mais um dia de fevereiro.
Março
Homenagem a Marte, deus da guerra. Durante vários dias, sacerdotes carregavam escudos sagrados em torno de Roma. A homenagem, porém, tinha outra motivação, bem menos beligerante. Como Marte também regia a geração da vida, Martius era o mês da semeadura nos campos.
Marte Deus da Guerra
Abril
Há duas versões: homenagem a Afrodite, deusa do amor, a quem o mês é consagrado; e originado da palavra latina aperire, referência à abertura das flores, pois durante esse mês é primavera no hemisfério norte.
Afrodite, Deusa Grega
Maio
Homenagem à deusa romana Maia, ,uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Por esse motivo, segundo escreveu Ovídio na obra Fastos, Maius era chamado de "o mês do conhecimento".

Conselho dos Deuses: Hermes e Maia, detalhe de uma ânfora ática. 500 a.C
Junho
Homenagem à deusa Juno, protetora das mulheres e da maternidade. Na mitologia romana, Juno é a esposa de Júpiter e rainha dos deuses
Deusa Juno
Julho
Homenagem ao imperador Júlio César. Antes da introdução dos meses janeiro e fevereiro, era chamado de quintillis, por ser o quinto mês alterado para Julius em 44 a.C. pelo Senado Romano.
Júlio César
Agosto
Chamava-se sextillis, o sexto mês. De acordo com o historiador Suetônio, o nome Augustus foi adotado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano, César Augusto (63 a.C.-14 d.C.).
César Augusto
Setembro
Do latim septem (sete), o sétimo mês, antes do calendário de Numa Pumpílio.
Outubro
Do latim octo (oito), o oitavo mês.
Novembro
Do latim nove, o nono mês.
Dezembro
Do latim decem, o décimo mês.
E o ano bissexto?
Ao adotar o calendário solar, em 44 a.C., Júlio César criou o ano de 365 dias e um quarto. Por causa dessa diferença, a cada quatro anos era necessário atualizar as horas acumuladas com um dia extra. O problema do calendário juliano é que, na verdade, um ano tem 11 minutos e 14 segundos a menos do que se estimava. Por isso, em 1582, o papa Gregório XIII (1502-1585) anulou dez dias do calendário e determinou que, dos anos terminados em 00, só seriam bissextos os divisíveis por 400. E o nome "bissexto" tem uma explicação curiosa: em Roma, celebrava-se o dia extra no sexto dia de março, que era contado duas vezes.
A Terra demora aproximadamente 365,2422 dias solares (1 ano trópico) para dar uma volta completa ao redor do Sol, enquanto o ano-calendário comum (por convenção) tem 365 dias solares. Sobram, portanto, aproximadamente 5h48m46 (0,2422 dia) a cada ano trópico. As horas excedentes são somadas e adicionadas ao calendário na forma inteira de um dia (4 x 6h = 1 dia).

No caso do Calendário Gregoriano este dia extra é incluído no final do mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias (ano com 366 dias) em lugar dos 28 dias de anos normais (ano de 365 dias).
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