domingo, 31 de julho de 2011

O Buraco

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1. Ando pela rua. Há um buraco fundo na calçada. Eu caio... Estou perdido... Sem esperança. Não é culpa minha. Leva uma eternidade para encontrar a saída. 

2. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Mas finjo não vê-lo. Caio nele de novo. Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha. Ainda assim leva um tempão para sair.

3. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Vejo que ele ali está. Ainda assim caio... É um hábito. Meus olhos se abrem. Sei onde estou. É minha culpa. Saio imediatamente. 

4. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Dou a volta. 

5. Ando por outra rua. 

(Texto extraído de O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, de Sogyal Rinpoche)


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